sábado, 11 de julho de 2009



Um Ser Insone

O café sumiu!
Eu fiz uma garrafa cheia a pouco mais de duas horas atrás, e agora bebo a última xícara do meu fiel companheiro das madrugadas de insônia em meio a papel e caneta. São quatro e meia da manhã e só tenho pensado em três coisas.
Coisa número um: escrever.
Coisa número dois: tomar café.
Coisa número três: fumar.
E por falar em fumar, semana passada eu comentei com alguém que já nem lembro quem, que iria parar com esse vício, recordo também da pessoa ter me dado a maior força; espero lembrar quem é a boa alma para comunicar-lhe que definitivamente desisti da idéia de parar com o tabagismo.
Já que relatei meu nojento vício do cigarro, lembrei agora o quanto odiei com todas as minhas forças toda a cúpula ministerial e excelentíssimo senhor presidente da república Luís Inácio Lula da Silva, por ter encharcado o maldito cigarro com impostos que deveriam ir para outros produtos. E falando em impostos, que raiva que dar do IPI zero na compra dos carros novos. Fico vendo televisão e aquelas propagandas todas e pensando que eu bem podia comprar um carro desses pra mim, afinal ta tão fácil hoje em dia. Mesmo que eu passasse apenas três meses com ele, porque esse é o tempo que as financeiras levam para reaver o devido veículo quando não pagamos as prestações do mesmo. Talvez eu nem usufruísse por esses longos três meses, já que pra rodar no carango eu teria que estar de tanque sempre abastecido, mas se eu comprasse um que fosse flex ficaria um pouco mais acessível, já que o álcool ta mais barato que a gasolina, por outro lado (é incrível como tudo tem o outro lado), o motor movido a álcool faz uma quantidade menor de quilometragem que o motor a gasolina, no final das contas seria trocar seis por meia dúzia.
Nem sei por que fico imaginando essas coisas, se nesse exato momento eu tivesse mesmo que um certo percentual alcoólico mínimo que fosse no meu organismo eu ficaria mais tranqüila, mas infelizmente estou completamente sóbria..
Acabou mesmo o café, sepultei o último gole no interior da minha boca, gole esse já frio e ainda não provei nada pior que café frio, é meio um gosto de beijo não dado misturado com cerveja quente.
Dilema. Faço ou não mais café?
Eu bem queria desfrutar mais algumas xícaras desse fruto de origem Africana, mas como gosto de café forte e amargo e como o pote contém pó não suficiente nem para mais uma rodada digna, desisto da idéia e me sinto órfã dessa campainha quente, aromática e deliciosa.
O café vai ficar para amanhã de manhã e isso não nenhum trocadilho infame com a música do Rei Roberto Carlos, é só porque o sono chegou, o café acabou e agora também fumo o último cigarro da jornada insone. Lembrei de mais uma coisa, agora tudo que quero é um alguém pra dormir de conchinha, mas isso é outra história.

Ana Herbster

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